sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Jogos de estruturação da noção de espaço, tempo: será possível através da ludicidade a compreensão de espaço e tempo?

A Geografia tem passado por transformações e reflexões no seu conteúdo como fonte de aprendizagem no que se refere Geografia Tradicional – oportunizando a descrição e a memorização do conteúdo - e a Geografia Marxista – ortodoxal quanto à relação da sociedade com a natureza -. Estas duas modalidades ainda são pesquisadas para melhorar ainda a percussão da ensinagem, de forma geral. Ou seja, tanto quanto o professor quanto o aluno.

Essas novas reflexões trazem a importância do professor “querer” ser pesquisador, se atualizando de novas concepções e logicamente está preparado aos porquês e estimular a curiosidade e/ou dúvida do aluno. Quanto ao aluno, ele precisa conectar-se a sua própria realidade, conhecer a sua volta, ao seu meio projetando analogicamente aos conhecimentos escolares.

Porém ainda são projeções dialéticas. Será necessária a desmistificação, desconstrução para atingir uma nova construção quanto a didática significativa geográfica. A didática dos dias atuais ainda está arraigada na proposta de ensino tradicional, mesmo com a finalidade marxista.

A Geografia oportuniza ao indivíduo a compreensão de tempo, espaço, lateralidade e um novo olhar para a natureza e sua amplitude, sobre tudo quanto a sociedade.

A proposta deste projeto é demarcar um espaço, para compreensão de limite, lateralidade. Internalizando o conhecimento com o domínio em direito esquerdo, a cima, atrás utilizando os pontos cardeais – rosa dos ventos- com recursos da ludicidade.


Mesmo com tantas informações, há ainda muita dificuldade de professores desconstruir o egocentrismo e adaptar-se a concepção construtivista. Passar a ser mediador, interagindo com as hipóteses dos alunos. “Toda idéia elaborada pela criança passa a ser valorizada. Compete ao professor oferecer condições ao aluno de refletir sobre o que disse, para que ele faça as reformulações possíveis ao seu nível de entendimento” (SEBER, 1995, p.46).
A geografia “tradicional” que ainda perambula em nossas escolas, como processo de ensino acaba por negar a possibilidade do conhecimento subjetivo tridimensional. Valorizando apenas definições como codificar planícies, planaltos, nascentes, margens, direita, esquerda, vales, cidades, campos, etc. Castellar( ano,p.)
No entanto, podemos observar que a geografia tem a função muito forte na educação e precisa ser bem definida nos anos iniciais. Segundo Brasil, “e deve ter como objetivo mostrar ao aluno que a cidadania é também o sentimento de pertencer a uma realidade na quais as relações entre a sociedade e a natureza formam um todo integrado”. É na alfabetização que o aluno precisa ter bem contextualizado a noção de tempo, espaço para facilitar o entendimento ao seu meio, ou melhor, sintetizar a leitura de mundo ressignificando a partir de descobertas. Dentro desta proposta, seria viável até mesmo na educação infantil.
Castellar diz ainda que a proposta da geografia atual é trabalhar o conhecimento geográfico a partir da linguagem cartográfica decodificando as informações ao uso do cotidiano. Explorando a relação espacial, internalizando a leitura visual do espaço vivido. Comparando no espaço o que seria maior ou menor, direita, esquerda, abaixo, acima, em um tempo gradativo e progressivo. Castrogiovanni (2003) compreende que para o aluno entender e interpretar a leitura, ou seja, codificar um mapa é preciso que ele já tenha passado por algumas explicações e que tenha construído o mapa. Esta linguagem cartográfica pode iniciar com o próprio corpo da criança. Segundo Carneiro apud Castrogiovanni (2003)

O conhecimento do espaço/corpo faz-se, na criança, por duas vias diferentes: a ação: direta, prática intimamente ligada ao movimento e à manipulação dos objetos; a palavra, indireta relativa à denominação dos objetos e dos lugares, ligada portanto à linguagem falada. Estas duas fontes de conhecimento convergem desde os primeiros meses de vida da criança. A atividade da criança desencadeia no adulto intervenções, muitas vezes de caráter repressivo (proibições, ordens), pelo perigo a que, inconscientemente, ela se expões. Mas o adulto também estimula a criança: o olhar, o sorriso, os jogos como as diferenças partes do corpo, as palavras cadenciadas, o encorajamento quando dos primeiros passos.


No momento em que a criança consiga entender com o corpo, o movimento, a lateralidade, ela estará propicia para novas descobertas dentro das perspectivas geográficas.
O conteúdo deixará de ser um ensino abstrato, pois o aluno já consegue absorver o que é um espaço e definir o imaginário. Castrellar

Nenhum comentário: